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- Mar
Governo gasta USD 30 milhões/mês na importação de óleo de palma
O Governo angolano gasta
mensalmente 30 milhões de dólares para importar 10 mil toneladas de óleo de
palma, afirmou segunda-feira, em Ndalatando, província do Cuanza Norte, o
secretário de Estado da Economia, Mário Caetano João.
Segundo o governante, que falava num encontro com os empresários locais no âmbito da visita à província para a constatação das condições para a implementação na região do Programa de Apoio ao Crédito (PAC), em curso no país, a importação de óleo de palma tem pesado bastante na balança comercial do país.
Esclareceu que, nos dois primeiros meses de 2020, o Governo desembolsou 59 milhões de dólares, sendo 29 milhões, em Janeiro e 30 milhões em Fevereiro, com a importação de 20 mil toneladas desse produto.
Mário João sublinhou que o incentivo à produção local de óleo de palma contribuiria para o desafogo financeiro do país, com a redução da importação do referido produto.
Reconheceu as potencialidades produtivas da província e encorajou o empresariado local a apostar nessa e noutras culturas, cuja importação resulta em peso significativo da balança comercial do país.
Referiu que no âmbito do PAC e através do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) estão disponíveis 750 milhões de kwanzas para o financiamento de cooperativas agrícolas, pequenas e médias empresas, no quadro do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi).
Por outro lado, Mário João reconheceu haver ainda dificuldades por parte das cooperativas e das empresas interessadas na obtenção de crédito, relactivamente a elaboração de projectos exequíveis para financiamentos e que assegurem o reembolso célere dos valores disponibilizados.
“O Cuanza Norte possui um elevado potencial na produção de muitos bens, sobretudo, no ramo vegetal e animal, mas a sua produção actual está abaixo dos níveis desejados e o financiamento das pequenas e grandes empresas locais contribuiria para alavancar a economia da região”, frisou o governante.
Para si, o facto de a província situar-se entre dois grandes centros comercial (Luanda e Malanje), pode funcionar como uma placa giratória da economia na região.
Além do encontro com classe a empresarial da província, Mário João, acompanhado de responsáveis do BDA, do Fundo das Nações Unidas para Alimentação (FAO) e quadros do Ministério da Economia e Planeamento, visitou algumas cooperativas agrícolas e projectos agro-industriais nos municípios de Lucala e Cambambe.
O Prodesi, assim como o PAC, em vigor no país, visam, fundamentalmente, o aumento da produção de bens essenciais, promoção à diversificação da economia e fomento da criação de emprego, bem como a substituição das importações.