- 17
- Mar
Empresários contestam excesso de burocracia
Malanje
- Os empresários do sector agropecuário em Malanje, concluíram que a excessiva
burocracia por parte dos bancos comerciais contribui para a dificuldade de
acesso ao Programa de Apoio ao Crédito (PAC).
Em declarações
hoje à Angop, a propósito da situação, alguns entrevistados afirmaram estar
interessados em participar efectivamente no processo de diversificação da
economia nacional, mas queixaram-se ainda da excessiva burocracia e morosidade
na concessão dos créditos.
António Soares, administrador da fazenda Cristalina localizada
no município de Cacuso disse ter a aposta virada para a produção de milho, soja
e outros produtos agrícolas, e que já fez várias tentativas junto dos bancos
comerciais para obtenção de crédito, mas todas sem sucesso.
Fez saber ainda que desde a criação da fazenda em 2013, já
investiu cerca de 15 milhões de dólares norte americanos na produção de milho e
soja, bem como na preparação de terras, aquisição de sementes, fertilizantes,
combustíveis e lubrificantes, para além da construção de infra-estruturas e
reparação de máquinas, mas o retorno do investimento tarda a chegar por falta
de reforço financeiro.
Por sua vez, a empresaria Maria Elvira Rodrigues disse que
encontra-se na mesma condição, impedida por questões burocráticas, uma vez que
os bancos levam muito tempo a se pronunciar sobre os processos de solicitação
de créditos.
O Projecto de Apoio ao Crédito (PAC), está inserido no Programa
de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição de
Importações (Prodesi) e aplica-se aos projectos de investimento que contribuam
directa ou indirectamente na produção interna de bens.